A bola começa a rolar neste sábado a tarde
Clubes do
interior estão mais competitivos
Após
passar três anos batendo na trave, em 2011 um time do interior do Estado foi
campeão paraense pela primeira vez. O Águia de Marabá chegou perto em 2008 e
2010, sendo vice-campeão, intercalado pelo São Raimundo em 2009. O título do
Independente de Tucuruí abre margem para uma nova conversa. Será que isso é
fogo de palha ou é a nova realidade local?
Até a
década de 1990, o Parazão era, praticamente, uma competição metropolitana. Além
de Remo, Paysandu e Tuna, muitos clubes eram da capital ou de regiões próximas.
É o caso de Sport Belém, Tiradentes, Santa Rosa, Vênus e Bragantino, por
exemplo. De outras partes do Estado, somente São Raimundo e São Francisco
chegavam, esporadicamente, à fase principal. Mas desde a década de 2000, uma
nova gestão fomentada pela Federação Paraense de Futebol ajudou a dar vida ao
futebol em outros cantos do Pará.
Sendo um
Estado de grande dimensão, umas das maiores dificuldades dos clubes era quanto
ao deslocamento. Mas, em 2009, um acordo selado entre FPF e Secretária de
Esporte do Pará banca, em iguais condições, o deslocamento e a hospedagem dos
oito clubes que chegam à atual fase do Parazão. De uns anos para cá, também foi
feito um remanejamento das cotas de transmissão das partidas, pagas aos clubes
pela Fundação de Telecomunicações do Pará.
Há dois anos,
a dupla RE-PA recebia aproximadamente 1,2 milhões de reais pelos seus jogos,
sobrando 70 mil para cada um dos outros times. Desde 2011, os dois gigantes da
capital recebem pouco mais da metade desse valor (R$: 690.000,00), e os times
do interior mais a Tuna recebem, agora, 98,5 mil reais. O Banpará, já a partir
deste ano, patrocinará todos os clubes do campeonato.
Embora
com mais dinheiro no bolso, as gestões dos times interioranos continuam a
investir nas categorias de base, deixando “estrangeiros” somente para
contratações pontuais. O pagamento de salários em dia e a menor pressão das
torcida também atrai jogadores, que, em alguns casos, já preferem atuar no
interior a nos gigantes de Belém, como foram os casos de Marçal e Soares. Ambos
recusaram propostas azulinas para atuar em Independente e Cametá,
respectivamente. Remo e Paysandu que se cuidem, porque, ao que parece, o
interior veio pra ficar.
Texto extraído: do Diário do Pará
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