Ricardo Teixeira renuncia. José Maria Marin toma posse
para cumprir mandato até o final e enaltece trabalho do ex-presidente
José Maria Marin assumiu a CBF até o final do mandato de Ricardo Teixeira, que vai até o final de 2014. Foto: Rafael Ribeiro |
Ao ler a carta em que Ricardo Teixeira comunicou a
renúncia à presidência da CBF (ele também se afastou do Comitê Organizador
Local da Copa do Mundo de 2014), o novo presidente José Maria Marin deu em tom
emocionado o seu testemunho sobre o trabalho na função que acabara de herdar e
ao qual prometeu dar continuidade.
Ricardo Teixeira não é
mais presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê
Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. José Maria Marin, que assumiu
a entidade após licença pedida pelo dirigente, anunciou nesta segunda-feira em entrevista
coletiva no Rio de Janeiro que assume a CBF até o final do mandato de seu
antecessor, que vai até o final de 2014.
“O presidente Ricardo Teixeira merece toda a nossa
gratidão e respeito pelo que fez pela CBF e o futebol brasileiro. Assumo a
presidência de acordo com o estatuto da entidade e cumprirei o mandato até o
final para fazer uma gestão de continuidade ao que vinha sendo feito”,
disse José Maria Marin. Marin assumirá ainda a presidência do COL. Também nesta
entidade, enalteceu o papel desempenhado por Ricardo Teixeira como decisivo
para trazer a Copa do Mundo de volta ao Brasil, 64 anos depois do país ter
sediado a competição em 1950.
“Eu ouvi pelo rádio o jogo da derrota do Brasil para o
Uruguai em 1950. Como brasileiro, tenho o sentimento de gratidão pelo
presidente Ricardo Teixeira ter conseguido devolver para a gente o sonho de ver
novamente uma Copa do Mundo no nosso país. Foi o presidente Ricardo Teixeira e
dele o maior mérito pela Copa de 2014 ser no nosso país”, finalizou
Marin.
O presidente da CBF deixou claro que vai
fazer um "trabalho de continuidade" à administração de Ricardo Teixeira.
Recebeu dos diretores da CBF uma carta em que punham seus cargos à disposição,
mas imediatamente ressaltou que precisará de todos em seu mandato à frente da
entidade.
O novo presidente da CBF ainda deixou no ar a
possibilidade de fazer um revezamento no comando. "Não faço administração
isolada. Costumo delegar e dar autonomia a quem trabalha comigo. Vamos aliar a
disposição da juventude com a experiência do mais idoso, que sou eu",
comentou Marin.
Estavam presentes à entrevista coletiva os presidentes de 22
federações locais de futebol. As exceções ficaram por conta de Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro (esta quem mandou representante), que
já surgem como oposição para Marin. Outra federação ausente foi Amazonas, mas
por questões logísticas.
Ricardo Teixeira foi eleito para o comando da organização que
rege o futebol brasileiro em 1989, e seguiu no cargo desde então. Ele deixa a
presidência da CBF alegando problemas de saúde, que também o teriam afastado da
entidade no último mês de outubro.
Seu substituto, Marin, foi jogador de futebol e presidente da
Federação Paulista de Futebol (FPF), e assumiu a CBF por ser o vice-presidente
mais velho. O novo comandante da entidade foi governador biônico de São Paulo
por alguns meses após a saída de Paulo Maluf, que se candidatou a deputado
federal.
Marin foi alvo de polêmica no último mês de janeiro ao ser
visto colocando em seu bolso uma medalha que seria dada aos jogadores do
Corinthians campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior na festa do troféu.
Sobre este caso, Marin afirmou que a medalha era uma cortesia que recebeu da
FPF - informação reiterada por Marco Polo del Nero, presidente da FPF -, e que
em toda sua vida pública "nunca teve nada que pudesse ser dito contra
si".
Fonte: CBF / com informações de Marcus Vinícius
Pinto
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