O Paysandú comemora nesta quinta-feira,
2 de fevereiro, mais um ano de fundação. O Papão Paraense está de parabéns, comemora
98 anos de fundação. São quase um século de momentos de vitórias e derrotas de
uma das agremiações mais tradicionais do futebol brasileiro.
Para comemorar a data, a
diretoria do Paysandu realizou uma missa em ação de graças na “Toca do Lobo”,
na Curuzu, onde o clube realiza as suas concentrações para os jogos do Parazão.
Ao final, um coquetel foi servido para os presentes. O elenco bicolor não
estava presente, pois só tinha saída prevista de Tucuruí às 7h30 da manhã de
hoje.
“Se o Flamengo é um estado d’alma, o Paysandu é a
própria alma paraense”, já disse Armando Nogueira, em homenagem ao clube
que conquistava, em 2002, a Copa dos Campeões. Essa foi apenas uma das inúmeras
conquistas do Papão da Curuzu, do Papa Título do Norte, do Lobo da Curuzu... Ao
longo desses anos, já são 44 campeonatos paraenses, duas Séries B (1991 e 2001)
e uma Copa Norte (2002), além de uma histórica participação da Libertadores, em
2003.
O Paysandu surgiu do pensamento
de 42 desportistas paraenses que eram contra uma decisão da então Liga Paraense
de Foot-Ball, uma espécie de Federação Paraense de Futebol (FPF) da época. Ali
já nascia uma rivalidade entre o Papão e o Clube do Remo, já que esse grupo de
amigos eram contra o resultado de uma partida entre Leão e o Guarany, que
acabou dando aos azulinos (que ainda se chamava Grupo do Remo) o título do
Estadual.
A data em que os desportistas se
reuniram? Há exatos 98 atrás – 2 de fevereiro de 1914. No começo, o Paysandu se
chamou Paysandu Foot-Ball Club, nome proposto em homenagem ao dia em que o
Brasil transpôs o Passo do Paysandu, no Uruguai, na histórica Guerra do
Paraguai. Depois de algumas reuniões, surgia o escudo azul celeste, com o pé
alado, que vinha a significar a velocidade do clube diante dos seus
adversários.
Já o dia 14 de junho de 1914
marcou a estreia do Papão no Campeonato Paraense, justamente contra o Grupo do
Remo, aquele que viria a ser o maior rival bicolor. O clássico foi disputado no
estádio Leônidas Castro, a Curuzu, que naquele tempo tinha o nome de Firma
Ferreira e Comandita. Aquele Re-Pa marcou 2 a 1 para o Remo. Foi somente em
1920 que os bicolores conquistaram o seu primeiro Parazão.
Ganhando destaque no futebol do
Pará, o Paysandu chegou a um dos seus maiores momentos de glória na goleada
lembrada até hoje diante do Leão. Em 22 de julho de 1945, o Papão goleava o
rival pelo placar de 7 a 0, o resultado mais elástico até hoje verificado entre
as duas maiores equipes do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário