Confirmou o
favoritismo dentro de um colégio eleitoral restritivo
Os sócios do Corinthians perderam uma grande chance de mudar a história
do clube com uma administração empresarial, moderna e de visão. Esta era a
opção de Paulo Garcia, empresário bem sucedido e que tinha planos arrojados
para o clube. Pelo contrário, os sócios optaram pelo continuismo e acabaram de
eleger como presidente um delegado de polícia. São coisas da democracia,
limitada dentro dos clubes de futebol.
Candidato da situação, Mário Gobbi confirmou o
favoritismo e foi eleito neste sábado o novo presidente do Corinthians. Com o
apoio decisivo de Andrés Sanchez, licenciado para asumir cardo de diretor de
futebol da CBF, ele ganhou a eleição com facilidade, conseguindo enorme
vantagem sobre o oposicionista Paulo Garcia. Os números finais não foram ainda
confirmados.
Assim, comandará o clube nos próximos três anos.
Delegado e diretor
Delegado da Polícia Civil, Mário Gobbi Filho tem 50 anos e foi diretor
de futebol em grande parte da administração de Andrés Sanchez, que comandava o
clube desde a saída de Alberto Dualib em 2007. Assim, a plataforma de campanha
do novo presidente do Corinthians foi a continuidade do trabalho que vinha
sendo feito.
Com a eleição de Mário Gobbi, pouca coisa mudará no Corinthians. A maior
parte dos diretores vai continuar no cargo, entre eles Luis Paulo Rosenberg,
diretor de marketing e um dos principais articuladores da construção do
Itaquerão. O novo presidente, inclusive, terá a honra de inaugurar o estádio em
2013.
Pouca participação
Dos cerca de 11 mil sócios do clube que estavam aptos a votar, apenas
3.300 participaram da eleição neste sábado, quando as urnas ficaram abertas das
9 às 17 horas no ginásio do Parque São Jorge. Apesar da campanha ostensiva dos
dois candidatos, o clima foi de tranquilidade durante todo o dia, sem maiores
confusões.
Na apuração, o ginásio ficou dividido entre simpatizantes dos dois
candidatos. Mas a vitória de Mário Gobbi ficou clara logo nas primeiras urnas,
tamanha sua vantagem sobre Paulo Garcia. Assim, o grupo liderado por Andrés
Sanchez, o grande cabo eleitoral da vitória, pôde comemorar a permanência no
poder. Azar do Corinthians que continuará empacado administrativamente, como um
dinossauro.
Fonte: AFI
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