FELIZ 2014

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Que os dias do Ano de 2014 sejam uma sequência de proveitosas realizações e repletos de paz e felicidades!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Estudo alemão confirma: Trocar de técnico em Geral não adiante

Pesquisa alemã confirma: trocar faz mal
Entra ano, sai ano…

A dança dos treinadores
… e nada muda ou pouco muda: o Brasileiro da Série A parece um palco de teatro onde uma companhia de dança se exibe. Os bailarinos, que me desculpem a franqueza, são toscos, fisicamente. Seus perfis, digamos, deixam a desejar (claro que nem ouso me gabar do meu, mas essa é outra história) em relação às silhuetas esguias que vemos nos teatros e filmes. 
Falando nisso, rever qualquer filme de Fred Astaire é garantia absoluta de momentos de magia. Recomendo.

Ah, é verdade, já deve ter gente confusa com essa mistura de futebol com Fred Astaire, mas tem tudo a ver (fora as silhuetas, fora as silhuetas), pois estou tentando falar, e hei de conseguir, sobre a Dança dos Treinadores (...)

É possível observar uma tendência de queda nessa prática, desde a introdução dos pontos corridos, apesar dos repiques de 2008 e, principalmente, 2010. E, claramente, não dá para não dizer que essa é mais uma influência benéfica desse sistema, ainda combatido por bom número de torcedores, dirigentes e jornalistas.

Pesquisa alemã confirma: trocar faz mal
 
Como podemos ver no gráfico no futebol brasileiro
E chegamos agora à razão de ser desse post.
Na edição da Folha de S.Paulo dessa véspera de Natal, uma matéria mostra pesquisa alemã que confirma velha tese: trocar treinador faz mais mal que bem. Ao falar isso, é claro, estamos pensando no curto prazo, como é praxe entre nossos clubes, que trocam treinadores para disputar metade do campeonato ou, muito pior, cinco ou dez rodadas finais.

A pesquisa, conduzida pelo Professor Bernd Strauss, da Universidade de Muenster, na Alemanha, mostrou que trocar o treinador não produz resultados positivos dentro de campo em poucos jogos. Muitos citarão exceções, de times que reagiram e obtiveram bons resultados, mas, como já disse, são exceções à regra geral.

A pesquisa analisou 14.018 jogos da primeira divisão do Campeonato Alemão, a partir de 1963. Para o estudo foram considerados somente times que disputaram pelo menos 10 jogos antes e depois de trocar o treinador, além de terem participado da edição seguinte do campeonato. O resultado obtido mostrou que nada menos que 82% dessas equipes apresentaram desempenho pior com os novos treinadores.

Considerando os pontos disputados, os times grandes perderam nove pontos e os pequenos cinco pontos, em média, com o novo comando técnico.

A pesquisa mostrou que a principal razão para as trocas foi o baixo desempenho. Por outro lado, segundo os pesquisadores, a influência do treinador nos resultados é de apenas 15%. Outros fatores, como folha de pagamento e aspectos motivacionais e psicológicos, respondem por parcela bem maior do desempenho. Esses dois últimos fatores, entretanto, são de difícil mensuração.

Como curiosidade, o Eintracht Frankfurt foi o clube que mais demitiu técnicos, num total de 20 vezes em 47 anos na primeira divisão. Um técnico a cada 28 meses. Um técnico a cada 2 anos e 4 meses. Parece até brincadeira, não é mesmo? Se fizermos trabalho semelhante entre nós, essa média não será atingida nem pelos clubes que por mais tempo mantêm seus treinadores.

Outro resultado interessante: o técnico húngaro Gyula Lorant e o alemão Joerg Berger foram os que mais perderam o emprego devido aos maus resultados -seis vezes cada um. Nem preciso dizer que temos treinadores que passam por isso também… Seis vezes em ano e meio ou dois (sendo generoso).

Tudo isso diz muito sobre organização e profissionalismo, inclusive, e principalmente, dos dirigentes alemães. Pensando em Brasil, só podemos pensar em amadorismo por parte de quem dirige nossos clubes.

A vantagem, para nós, é termos o espetáculo da Dança dos Treinadores e assunto para encher as telas dos blogs e sites. Ponto.

 
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