Gastos
com Copa e corrupção tomam lugar de tarifa do transporte em protestos pelo
país.
"Copa do
Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro para a saúde e a educação!".
Este e outros gritos de teor semelhante deram o tom das manifestações que
tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, de Porto Alegre a Belém, nesta
segunda-feira, 17 de junho de 2013.
Foi o dia em que os protestos
contra os aumentos nas tarifas de transporte público se tornaram também e
principalmente manifestações contra o gasto de dinheiro público na organização
da Copa do Mundo de 2014 e contra a corrupção.
Somente com os estádios que estão
sendo construídos ou reformados para o Mundial da Fifa, mais de R$
7 bilhões, ou 163% a mais do que o previsto inicialmente, estão sendo
consumidos. Deste total, 97% é dinheiro
público.
No último dia 17 de junho, mais
de 250 mil brasileiros espalhados pelo país foram às ruas para dizer que isso é
demais.
A maioria dos manifestantes é
jovem. As propostas não são objetivas, é difícil dizer exatamente o que querem
os que foram às ruas. É certamente mais fácil dizer o que eles não querem.
"Um,
dois, três. Quatro, cinco, mil. Ou para a roubalheira, ou paramos o
Brasil!", bradavam os manifestantes nas ruas de Belo
Horizonte. E do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Salvador, de Curitiba, de
Brasília, de Maceió.
“Acorda,
Brasil", conclamava Lucas Crexell, estudante, de 17 anos,
um dos que subiram na laje do prédio do Legislativo federal. A PEC 37 (Projeto
de Emenda Constitucional) propõe restringir o poder de investigação dos integrantes
do Ministério Público e deverá ser votada pelo Congresso na semana que vem.

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