Representantes do Santa Cruz de
Cuiarana afirmaram grande insatisfação com a mudança.
Era
aguardado para o final da tarde desta segunda-feira (25) uma reunião na sede da
Federação Paraense de Futebol com o sorteio da arbitragem na rodada final. De
forma surpreendente, além do sorteio foi realizada uma reunião para resolução
de um impasse surgido naquele mesmo dia.
O Corpo de Bombeiros apresentou à entidade laudos dando conta que o estádio Parque do Bacurau, onde o Santa Cruz enfrentaria o Paysandu nessa quarta-feira (27), estaria inapto para receber jogos. Sem tempo para outras mudanças, a FPF realocou a partida no estádio Mangueirão, mas essa decisão bateu de frente com recomendação da Polícia Militar de não realizar jogos de Remo e Paysandu em Belém no mesmo horário, como medida preventiva de segurança.
O Corpo de Bombeiros apresentou à entidade laudos dando conta que o estádio Parque do Bacurau, onde o Santa Cruz enfrentaria o Paysandu nessa quarta-feira (27), estaria inapto para receber jogos. Sem tempo para outras mudanças, a FPF realocou a partida no estádio Mangueirão, mas essa decisão bateu de frente com recomendação da Polícia Militar de não realizar jogos de Remo e Paysandu em Belém no mesmo horário, como medida preventiva de segurança.
Após
algumas horas de reunião, que envolveu federação e representantes dos órgãos de
segurança, Remo, Paysandu e Tuna, foi decidido que o Paysandu deveria jogar em
um dia e o Remo no outro. Após sorteio, ficou decidido que Paysandu e Santa
Cruz se enfrentariam no Mangueirão na quarta-feira. “Para não aumentar o prejuízo técnico,
resolvemos que seriam disputados dois jogos em um dia e dois no outro. Como a
partida em Santarém envolve passagens de avião, e a logística é mais
complicada, preservamos São Francisco x Cametá na quarta (27), jogando
Paragominas x Tuna também na quinta”, explicou o diretor técnico
da FPF Paulo Romano.
Romano
defendeu que o desmembramento dos jogos da última rodada não ferem o
regulamento, porque não há artigo que determine a obrigação dos jogos serem
realizados no mesmo horário. “O principal problema que tivemos foi a falta de
um estádio em condições de receber jogos com Remo e Paysandu por parte do Santa
Cruz. Para o ano que vem, pretendemos retirar do regulamento o artigo que
determina a capacidade mínima de 5 mil lugares para jogos envolvendo a dupla
Re-Pa, assim, os clubes poderão mandar seus jogos em qualquer estádio,
independente da capacidade”, explicou o diretor.
Comunicados
oficialmente no início da noite, representantes do Santa Cruz de Cuiarana
afirmaram grande insatisfação com a mudança. “Ontem jogamos no estádio Parque do
Bacurau contra o Cametá e o estádio tinha condições de receber jogos, como é
possível que hoje não tenha mais?”, disse José Maia, diretor do
clube.
Maia
afirmou que a agremiação teve sua logística inteiramente prejudicada pela
mudança. “Não
fomos sequer convidados para essa reunião extraordinária, então nos parece
muito suspeito tudo o que foi decidido. Nesta terça, iremos a Belém, mas para
reunir com nossos advogados e entrar com as ações cabíveis. A princípio, a
ordem é não ir a campo contra o Paysandu nessa quarta-feira”,
afirmou o diretor, que diz esperar a conversa com o advogado antes de adiantar
quais medidas o clube pretende tomar.
Já
a diretoria do Paysandu não se manifestou sobre o assunto, mesmo exaustivamente
procurada pela reportagem. A mudança de datas, apesar de ferir o Estatuto do
Torcedor, ocorreu, de acordo com a presidência da FPF, mediante reprovação das
condições oferecidas pelo estádio cametaense. “O laudo do Corpo de Bombeiros do
Parque do Bacurau conclui que o estádio não está aprovado. A equipe do Santa
Cruz vai ter que ser deslocada de Cametá para cá”, avisa o coronel Antônio
Carlos Nunes de Lima.
VOCÊS LEMBRAM?
A
polêmica mudança que envolveu a última rodada do segundo turno do Campeonato
Paraense acabou ganhando contornos inesperados. A princípio, a partida entre
Paysandu e Santa Cruz de Cuiarana estava marcada para ocorrer no estádio
Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão. Contudo, a diretoria do clube praiano
entrou com recurso para alterar o local da partida, sendo atendida pela FPF,
que deslocou o confronto para o estádio Parque do Bacurau. No entanto, o Parque
do Bacurau não tem condições de receber um jogo do Paysandu, pois o regulamento
exige capacidade mínima de cinco mil lugares. Diante do impasse e sem tempo
para estudar novas opções, a FPF voltou a agendar o jogo para Belém.
Fonte: Diário do Pará
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