Em junho de 2001, quando foi apresentado como novo
técnico da seleção brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari (Foto) chegou em um tom
mais agressivo. E com um detalhe que mostrava ser mais do que uma nova cara
para a seleção, mas um novo estilo.
Felipão vinha para apagar um incêndio. O Brasil estava
ameaçado de ficar fora da Copa do Mundo de 2002 e ainda tinha perdido os
títulos da Olimpíada de Sydney-2000, com Vanderlei Luxemburgo, e da Copa das
Confederações-2001, com Emerson Leão.
Tanto Luxemburgo quanto Leão tinham um estilo mais sóbrio, e ambos gostavam de usar terno e gravata.
Ao ser apresentado ao lado do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Felipão apareceu de camisa, calça social, mas fez questão de botar um agasalho da seleção.
Nesta quinta-feira, no Rio, porém, Scolari mostrou que mudou. Além de 11 anos mais velho, apareceu com terno e gravata assim como Carlos Alberto Parreira, novo coordenador da seleção.
No discurso, Felipão também mudou. Em 2001, pedia 'amor' aos jogadores e deixou claro que iria escolher atletas "experientes, que não caem em armadilhas, que não cometem exageros, mas que não são bobos. Anjinho só tem no céu".
Desta vez, sabedor na inexperiência dos atletas que terá à disposição, mudou o discurso: "A maioria dos jogadores, hoje, disputam campeonatos muito fortes. Quando se é jovem se tem uma virtude que é a vontade", disse.
A semelhança com relação há 11 anos, foi a resposta sobre a cara que a seleção terá: "É esta que você está vendo", brincou, passando a mão no rosto antes de falar sobre o que pode mudar em relação ao time montado por Mano Menezes.
"Cada um faz o seu trabalho, cada um tem um estilo. O estilo do meu antecessor [Mano] era esse. E ele pode explicar melhor. O meu estilo, naturalmente, deve aparecer no jogo de Wembley [contra a Inglaterra, em fevereiro], depois mais uns amistosos e, aí, a gente vai ter a equipe praticamente definida para os jogos da Copa das Confederações, com o estilo e o jeito que queremos. Não sei se será bonita, feia, mas será um estilo que nós ficaremos contentes e o povo brasileiro vai nos incentivar para isso", concluiu.
Fonte: Folha
Online
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