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João Havelange (E) e Ricardo Teixeira (D) |
O caso de
corrupção da ISL, ex-parceira da Fifa e o maior escândalo da entidade, ganhou
um novo capítulo nesta quarta-feira (11). A Corte Superior da Suíça ordenou o
fim do sigilo que mantinha oculto o nome dos culpados. Ricardo Teixeira,
ex-presidente da CBF, e João Havelange, ex-presidente da Fifa, são acusados de
envolvimento pela rede britânica BBC.
De acordo
com o dossiê do caso, que foi concluído em 2010, dois dirigentes que receberam
propinas da ISL no final dos anos 1990 devolveram dinheiro e pagaram multa para
que seus nomes não fossem tornados públicos.
Os nomes ainda não foram divulgados pelo tribunal da Suíça, mas os cinco juízes que acompanharam o caso declaram que a divulgação dos nomes atende interesse público.
A rede britânica BBC acusa o ex-presidente da CBF e o ex-presidente da Fifa de envolvimento. De acordo com ela, Teixeira teria recebido US$ 9,5 milhões (cerca de R$ 20 milhões) por meio da Sanud Etablissement, empresa no paraíso fiscal de Liechenstein, na Europa. Havelange teria recebido diretamente US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,7 milhão).
Antes de deixar a CBF, Teixeira tomou medidas para desvincular ou esconder elos com o caso da ISL. No final do ano passado o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em litígio com Teixeira, disse que divulgaria o dossiê ISL.
Teixeira assumiu a CBF em 1989 e deixou a entidade em março deste ano. Na mesma época saiu do COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo-2014) e do comitê executivo da Fifa. Alegou problemas pessoais e de saúde.
Havelange foi presidente da Fifa por 24 anos - o último, antes de Blatter. Ele ainda é presidente de honra da entidade. Em dezembro do ano passado, pediu desligamento do COI (Comitê Olímpico Internacional) por motivos de saúde. A saída foi entendida como uma medida para evitar uma possível expulsão devido o caso ISL.
Fonte: Folha Online – da France
Presse
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